O início da temporada europeia pode marcar não apenas uma nova fase do campeonato, mas também o fim precoce da campanha de Doohan na Fórmula 1. A possibilidade de troca ganhou força dentro da equipe após a chegada de Colapinto, anunciado como reserva no início do ano. A pressão sobre o piloto australiano só aumentou desde então, principalmente pela ausência de resultados expressivos e por envolvimento frequente em incidentes de pista.

No último domingo, durante as primeiras curvas do GP de Miami, Doohan se envolveu em uma colisão com Liam Lawson, episódio que se soma a outros erros cometidos anteriormente, como a saída de pista nos treinos livres em Suzuka ao esquecer de desativar o DRS antes da curva 1.

Apesar das dificuldades enfrentadas pela Alpine, o modelo A525 deste ano demonstrou ser mais competitivo em relação ao carro da temporada anterior. Ainda assim, a escuderia só conseguiu pontuar em uma corrida até agora, com Pierre Gasly conquistando o sétimo lugar no GP do Bahrein. Em Miami, Gasly somou mais um ponto, mas apenas após a aplicação de três punições a rivais que estavam à sua frente. A equipe ocupa atualmente a nona posição no campeonato de construtores, à frente apenas da Stake Sauber.

O desempenho aquém do esperado de Doohan e suas falhas recorrentes vêm alimentando rumores sobre sua continuidade no time. As especulações se intensificaram nas últimas semanas, impulsionadas também pelas declarações de dirigentes da Alpine. Um indício adicional veio de fora da equipe: o CEO da petroleira argentina YPF, Horacio Marín, chegou a afirmar durante uma entrevista televisiva que Colapinto estaria no cockpit da Alpine em Imola. Pouco depois, ele recuou, dizendo que expressou um desejo pessoal, e não uma confirmação oficial.

Apesar da tentativa de desmentido, a fala de Marín aumentou a expectativa em torno da possível estreia de Colapinto na Fórmula 1. Caso a troca se concretize, será um passo marcante para o piloto argentino e uma decisão de peso da Alpine em busca de melhores resultados na temporada.